Para o alto e avante – Belo Horizonte, MG – 10/05/2016, 18:51

Depois do findi puxado com a Maratona Internacional de BH no sábado e um treino perdidamente difícil no domingo, comecei a semana com preguiça dos tiros de rampa previstos para hoje. E se os treinos do findi não bastassem como obstáculos, a próxima etapa da Copa Brou Trail que acontecerá no domingo completava a lista de motivos para fazer um treino contínuo e fácil. Aliás, não completava não. Ainda tinha o fato de ter combinado de treinar com a Mi, o que me deu uma vontade enorme de abortar o sofrimento nas subidas. Além de tudo isso, ainda teve o fato do Mutante não correr comigo hoje, mas esse fator eu nem sei dizer se foi bom ou ruim, já que eu não sabia se queria subir sozinho ou com um cavalo me arrastando morro acima.

Mesmo com todo esse mimimi do parágrafo acima, na hora do “vamo ver” acabei me mantendo na linha e cumprindo os 7 tiros de 250m com gosto de sangue na boca. Durante o aquecimento, Paulinho se juntou a mim e à Mi e quando falei sobre o tiroteio ele topou acompanhar. Ou pelo menos tentar.

A primeira subida rendeu 257m em 1’10” e meu companheiro já sentiu a pressão. No segundo tiro foram 256m em 1’09”, levando Paulinho a expressar verbalmente que estava difícil. O terceiro, onde gastei 1’07” para cumprir 255m, foi o primeiro onde meu parceiro ficou um pouco para trás. No quarto, 252m em 1’08”, ele pediu arrego e anunciou que seria o último dele. Achei sábia a decisão e disse que as pernas o lembrarão desses tiros amanhã. Daí em diante continuei sozinho, e rezando, para completar os 257m do quinto tiro em 1’09”; comecei o sexto sem saber como conseguiria manter o nível, mas fechei 258m em 1’11”; e no sétimo, parti para uma mistura de “tudo ou nada” com “o que vier tá bom” e completei 257m em 1’09”. Rampas malditas, ainda não foi hoje que vocês me derrubaram!

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Recuperado do esforço quase assassino, decidi seguir para o nosso ponto de apoio pelo sentido inverso ao qual tradicionalmente corremos. Assim facilitaria encontrar a Mi para completarmos juntos o treino. Acabei encontrando o Mutante primeiro, que decidiu vir comigo, e ao chegarmos ao meu destino, fizemos uma pausa para hidratar e esperar Milena.

Prosseguimos então em trio para mais 8km de trote objetivando fechar a missão de hoje com 18km. Sugeri a “volta-que-circunda-o-Belvs” e apesar de não querer subir, a Mi topou seguir conosco. Foi um trecho legal durante o qual ouvimos nossa companheira contar sobre os treinos recentes e demonstrar o quanto está empolgada com a nítida evolução no desempenho. Inclusive, quando completou 18km ela percebeu que havia acabado de bater de novo o melhor tempo nessa distância e nem as subidas que encaramos foram suficientes para derrubá-la. Top… e tenho dito a ela que isso é só o começo!

Antes de terminar o treino eu e Alaor ainda forçamos o ritmo durante uns 500 ou 600m e foi bom ver o corpo responder e segurar o tranco correndo em um pace em torno de 4′ / km depois de um treino longo e sofrido no Belvedere. Com a missão concluída, precisei sair às pressas para visitar um supermercado, fazer compras e garantir o suprimento da dieta semanal, já que apenas treinar não bastará para garantir meu sucesso e as metas que estabeleci.

Clique aqui para ver esse treino no Strava.

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